top of page
  • Foto do escritorabigrafsc

Imprimir é dar Vida!


I

Em uma conversa com escritores, editores e especialistas em leitura, poucos anos atrás, ouvi que o processo de impressão se constitui em uma daquelas tecnologias inevitáveis na evolução do ser humano. Em resumo, não viveríamos sem imprimir.

A lógica é interessante: no passado remoto descobrimos que só a vida em grupo poderia assegurar nossa sobrevivência. Depois, percebemos que para viver entre as tantas adversidades do mundo pré-histórico também precisaríamos compartilhar as informações. E a linguagem verbal, cuja memória se esvai com os indivíduos, não seria o bastante para perpetuar as descobertas, os avanços e as reflexões dos nossos antepassados.

Inventamos a escrita, que ‘viajou’ das placas de barro aos manuscritos de papiro. Quando o alemão Johannes Guttenberg, no final do século XV, inventou a prensa móvel, estava promovendo uma revolução na história da Humanidade, pela capacidade de disseminar o conhecimento, o entretenimento e a informação junto a milhões de pessoas, distantes, a custo baixo e por longo tempo.

Mas a linha do tempo da impressão, felizmente, não acaba aí: imprimir é dar vida e a tecnologia foi estendida às embalagens, às placas informativas, adesivos, documentos, materiais promocionais, numa infinidade de aplicações.

Trocadilhos à parte, com o passar do tempo, a indústria gráfica imprimiu qualidade à vida de bilhões de pessoas no planeta!


Curso de ‘Custos’, promovido pela ABIGRAF/SC, na década de 1970. (foto Acervo Abigraf/SC)

II

O associativismo foi outra invenção que fez grande diferença para a Humanidade. Há relatos de iniciativas na Roma Antiga, contudo o marco daquilo que viria a se tornar as primeiras associações ocorreu entre as Idades Média e Moderna. Florença tinha uma classe média rica e culta baseada nas guildas, associações de auxílio mútuo e que regulavam os ofícios – quem e como poderiam exercer determinadas profissões.

Um novo – e significativo - salto no tempo e estamos no Brasil do século XXI. A democracia representativa não prescinde das entidades – empresariais, de classe, setoriais etc. E temos milhares delas no país.

Estas associações ainda guardam o propósito genuíno de trabalhar em favor dos interesses de seus representados, todavia, na essência, trazem dois aspectos que são o combustível para o trabalho voluntário: a construção da rede de contatos e a difusão do conhecimento.

Crédito: Acervo Abigraf/SC
Reunião da ABIGRAF/SC, no início dos anos 1980. No centro, de pé, Claudio Bristot; à esquerda, João Cardoso (atual presidente SIGRAF Florianópolis) e Joceli Jacques (ex-diretor ABIGRAF/SC). À diretita, de pulôver estampado e óculos, Aguinaldo Souza Neto (ex-presidente)


III

A combinação destes dois ingredientes – a impressão e o associativismo - será a matriz do trabalho que ora estamos começando, para registrar os 50 anos da ABIGRAF/SC.

A missão é árdua, mas um agradável desafio. Nossa tarefa envolve, mais do que listar os feitos da entidade, exibir o quanto todos os ex-presidentes e ex-diretores, funcionários e outros colaboradores, muitas vezes anonimamente, contribuíram para fazer da ABIGRAF/SC uma entidade vitoriosa e repleta de conquistas. Significa, acima de tudo, que a história da ABIGRAF/SC é uma história de dedicação humana.

Será um espelho, que de acordo com a posição, faz mais do que refletir o passado, mas projeta o futuro.

Toda a contribuição será importante e necessária.

Concluindo, me amparo na frase de Walter Isaacson, escritor norte-americano, biógrafo de Leonardo da Vinci, entre outras obras de grande qualidade e mérito. Disse ele, sobre a longevidade e a importância do papel impresso:

“O papel acabou se mostrando uma fantástica tecnologia de armazenamento de informações, ainda acessível após 500 anos, algo que nossos tuítes provavelmente não serão”.

Em breve, mais informações do trabalho de resgate da memória da entidade!

Abraços!


28 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page